quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conselho de Ética abre processo contra Bolsonaro


O Conselho de Ética da Câmara instaurou, nesta quarta-feira (15), processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). A representação, de autoria do PSOL, cita dois episódios, um deles envolvendo a cantora baiana Preta Gil. Em uma polêmica entrevista ao programa CQC, da Band, em março deste ano, ao ser questionado pela artista sobre qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu". O outro caso citado na representação é a briga entre o pepista e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibiu um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor, que chegou a bater na mão do colega de parlamento. “Não se está querendo impor limites ao direito de livre expressão. Entretanto, exprimir-se livremente carrega um dever: o de não incorrer em prática de crime contra a honra, ou seja, não praticar injúria, calúnia ou difamação”, diz a representação do PSOL. O relator do processo, o baiano Sérgio Brito (PSC), já informou que deve apresentar um relatório preliminar sobre as acusações no próximo dia 29. Ele sinalizou que deve considerar a representação procedente. A partir daí, Bolsonaro terá dez dias para apresentar sua defesa. O processo deve ser finalizado em até 60 dias úteis. Informações da Folha.

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