quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Nota da UNE sobre a RIO +20


A conferência ambiental está programada para acontecer em junho do ano que vem, no Rio de Janeiro
Duas décadas se passaram desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre  Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida por Cúpula da Terra ou Rio 92. Em junho de 2012, essa agenda socioambiental mundial voltará a receber seus holofotes. O Brasil, mais especificamente a cidade do Rio de Janeiro, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa a renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta.
O encontro insere a longa tradição de reuniões anteriores da ONU sobre o tema, entre as quais estão as Conferências de 1972 em Estocolmo, Suécia, e de 2002, em Joanesburgo, África do Sul. A proposta da Rio+20 foi brasileira, com o objetivo de incorporar novos temas, além de se fazer um diagnóstico do que já foi realizado da Rio 92.
Mesas de debates já acontecem no país inteiro para aquecer a pauta em questão. As próximas discussões serão “Meio Ambiente Urbano”, dia 21 de novembro, em São Paulo; “Energia”, dia 16 de dezembro, em Recife; e “Segurança Alimentar”, dia 16 de janeiro, em Porto Alegre. Para mais informações, clique aqui.
Entre os principais temas abordados, estão a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco sobre a questão da estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável.

O movimento ambientalista ganhou força e as discussões sobre o futuro do planeta não estão mais restritas a organizações não governamentais ou grupos acadêmicos, o que também fará da Rio+20 uma conferência diferente da anterior.
Os organizadores da Rio+20 pretendem estabelecer metas inéditas para estimular a produção de energia renovável e reduzir pela metade o consumo de outras fontes até 2030. Será apresentada uma lista de propostas para o desenvolvimento sustentável que devem ser adotadas pelos países participantes – no mesmo modelo das Metas do Milênio.
Outra novidade será o papel da internet e das redes sociais, que poderão ampliar os limites da conferência para muito além do Rio de Janeiro e permitir que cidadãos do mundo inteiro acompanhem os debates e cobrem ações concretas de seus representantes na definição de novos compromissos para o desenvolvimento sustentável.
No fim de setembro, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o Brasil deve concluir até 1º de novembro a elaboração de uma posição interministerial do país em relação ao encontro. De acordo com Patriota, a decisão será transmitida às Nações Unidas e a partir do início de 2012 será iniciada a negociação com os participantes do encontro para se chegar ao documento final do encontro.

A II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, teve como principal tema a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e sobre como reverter o atual processo de degradação ambiental.
Conhecida mundialmente como Rio 92, a conferência foi a maior reunião de chefes de Estado da história da humanidade com a presença de cerca de 117 governantes de países tentando buscar soluções para o desenvolvimento sustentável das populações mais carentes do planeta.
O evento foi acompanhado por todo o mundo e contou com a participação da sociedade civil organizada. Cerca de 22 mil pessoas, pertencentes a mais de 9 mil organizações não-governamentais, estiveram presentes nos dois principais eventos da Conferência: a reunião de chefes de Estado, Cúpula da Terra, e o Fórum Global, promovido pelas ONGs.
Uma série de convenções, acordos e protocolos foram firmados durante a conferência. O mais importante deles, a chamada Agenda 21, comprometia as nações signatárias a adotar métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, criando um Fundo para o Meio Ambiente, para ser o suporte financeiro das metas fixadas.
Da Redação

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