A União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) repudia a violência da Polícia Militar ocorrida no último dia 27 de outubro dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) e vem a público se solidarizar com os estudantes que foram agredidos e que hoje ocupam em protesto o prédio da Faculdade de Filosofia, História e Geografia (FFLCH).
O livre trânsito da Polícia Militar dentro do campus (permitido por meio de um convênio entre a reitoria da USP e a PM) vai na contramão do conceito do território livre que deve ser a universidade. É inadmissível que policiais usem a força repressora do Estado dentro do campus, ambiente livre para o pensamento e a livre circulação do conhecimento.
A UEE-SP acredita que outras formas devem ser discutidas pela reitoria da USP para que o problema da violência no campus seja solucionado. A presença da PM, com intimidações como a registrada na noite da quinta-feira, fere a autonomia dos estudantes, professores e funcionários.
A universidade é a fase de maior experiência para o jovem. Acreditamos que esse momento na vida do universitários tem a ver com o novo Brasil que estamos vivenciando, com a formação cada vez mais quantitativa e qualificada de nossos estudantes, com mais investimentos em pesquisas e a democratização do ensino superior.O caso da violência na USP se contrapõe a tudo isso.
Os estudantes lutaram contra uma ditadura, que invadia universidades para prender e torturar. A ditadura cassava licenças de professores. Mas não acabou com nossos sonhos. A liberdade é um dos maiores princípios que nos guiam em qualquer que seja a nossa luta. Por isso, mais um vez prestamos solidariedade e apoio aos que se sentiram agredidos com a violência na USP.
União Estadual dos Estudantes de São Paulo – UEE-SP,
28 de outubro de 2011
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