domingo, 25 de novembro de 2012

Nota da UNE sobre os royalties




Em defesa dos 100% dos royalties do petróleo para educação, lançamos a campanha #RegulamentaDilma
Em meio às centrais discussões e disputas acerca dos royalties do petróleo brasileiro no fim deste ano de 2012, a União Nacional dos Estudantes (UNE) vem a público reivindicar a urgente atenção da sociedade e do poder público em direção àquela que é, claramente, a principal envolvida nesse processo: a educação pública brasileira.
A UNE afirma, com transparente certeza, que o legítimo e importante debate sobre a distribuição federativa desses recursos, entre estados e municípios, não é mais prioritário do que a definição sobre suas áreas de destinação. A UNE e o conjunto da sociedade brasileira querem 100% dos royalties para a educação do país, assim como 50% do Fundo Social do Pré-Sal para o mesmo setor.
Seja como forem distribuídos, os royalties devem ser destinados, em cada localidade, para a melhoria das escolas, melhor remuneração dos professores, correção das desigualdades regionais e sociais do ensino, para o real desenvolvimento humano e a criação de condições de educação justas a todos, nas  maiores metrópoles ou menores zonas rurais do país.
Portanto, a UNE reivindica à presidenta Dilma Rousseff que regulamente o projeto de lei do Senado 2565/11, recém aprovado pelo Congresso, de forma a garantir 100% dos royalties da União para a educação. Também cobra da presidenta os 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a mesma área.
O movimento estudantil convoca todos os cidadãos e cidadãs, o movimento social organizado, formadores de opinião, internautas, comunicadores, intelectuais, artistas a se engajar desde já na campanha #REGULAMENTADILMA!. A ideia precisa ser difundida nas ruas e nas redes sociais, nas universidades, nos meios de comunicação e todos outros espaços que puderem ser ocupados.
A aplicação dos 100% dos royalties na educação é uma etapa da luta dos estudantes, professores e dos movimentos educacionais brasileiros pela garantia de um total de 10% do PIB exclusivamente nesse setor. No último dia 26 de junho, após uma manifestação histórica em Brasília, os estudantes ocuparam o plenário da Câmara Federal e conquistaram a aprovação dos 10% dentro do projeto de lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE). O texto seguiu para o Senado, retornará à Câmara e irá, finalmente à sanção da presidenta Dilma Rousseff.
Frente à oposição de alguns setores do governo e da área econômica, a UNE ampliou sua pressão e reuniu-se com Dilma no último dia 22 de agosto. Após muita discussão, os estudantes convenceram a presidenta sobre a necessidade dos 10% do PIB para a educação e chegaram ao entendimento de que os 100% dos royalties e do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal seriam o caminho para alcançar tal patamar.
O projeto 2565/11, aprovado de forma tumultuada pelo Congresso no dia seis de novembro, foi como uma bala perdida no peito da educação brasileira, ao sofrer alteração equivocada e de última hora em seu texto, que antes esclarecia completamente a destinação dos 100% dos royalties para a educação.
Reconhecemos o protagonismo decisivo da própria presidenta em demostrar publicamente o seu compromisso com a educação e o futuro do país. Cabe agora à presidenta, que tem ouvido as reivindicações da sociedade, mostrar-se coerente, regulamentando imediatamente os Royalties da União nesse sentido.
Além disso, a UNE , a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional dos Pós Graduandos) e o conjunto dos movimentos educacional apresentarão o texto de uma carta a ser assinada por todos os prefeitos recém eleitos e governadores brasileiros que assumam verdadeiramente o compromisso com a educação do país. Os estudantes querem estados e municípios investindo, pelo menos, 50% do royalties que lhes cabem localmente no setor educacional.
Essas duas medidas serão como um passaporte para o futuro que todos almejamos. Não há outro caminho para o Brasil senão a valorização de seu sistema de ensino.
Investir na educação é a única forma de combater os contrastes seculares da nossa sociedade, promovendo a inclusão e a justiça social.
Investir na educação é a única forma de distribuir renda, gerar conhecimento, reduzir a exclusão e a violência.
Investir na educação é a única forma de  vencer a pobreza e os preconceitos de todos os tipos, atacar a corrupção, valorizar a política e a ética em todas as relações.
Investir na educação é a única forma de construir uma sociedade justa e desenvolvida para todos e não para poucos.
A UNE e os estudantes brasileiros, tantas vezes protagonistas nos rumos do Brasil, contam com toda a sociedade brasileira para alcançar essa vitória.
Lute conosco!
#REGULAMENTADILMA!
União Nacional dos Estudantes
16 de novembro de 2012

Carta da UNE ao MEC




PLANO DE QUALIDADE, EXPANSÃO E DEMOCRACIA DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Vivemos um momento de grande efervescência na juventude brasileira: estudantes de norte a sul do país se mobilizam para mudar a realidade do ensino superior por acreditarem que a universidade que temos hoje, seja pública ou particular, não cumpre seu papel de produzir conhecimento voltado para o desenvolvimento da nação. É uma nova geração mais popular que chegou à universidade pelo PROUNI, ENEM, REUNI, cotas sociais e agora quer muito mais direitos!
Nas universidades federais, os estudantes somam-se aos professores e trabalhadores que entraram em greve, pois o governo federal não cumpriu o acordo firmado com as categorias de efetivar um plano de carreiras que valorizem a estes profissionais. Mas também lutam pelas pautas estudantis, por mais infraestrutura de salas de aula, laboratórios, bibliotecas, por mais assistência estudantil, com restaurantes universitários, moradias, aumento de bolsas e por mais qualidade com contratação de professores, investimento em pesquisa e extensão. Lutam no ano em que se encerra o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, e agora questionam qual rumo à universidade pública vai tomar para seguir expandindo e popularizando o acesso à universidade com garantia de qualidade, já que no país inteiro ainda são 70% das obras inacabadas - por isso, inclusive, lutamos por mecanismos de fiscalização.
O desafio é conquistar uma universidade mais comprometida com os anseios do Brasil. Para isso a unidade de todo o movimento educacional é fundamental.
Nas universidades privadas, estudantes se revoltam contra o aumento abusivo das mensalidades, pois na falta de legislação firme, se vêm largados à sorte diante aos desmandos das mantenedoras. Para piorar, não se vê os sucessivos aumentos mensalidades se refletirem em qualidade de ensino: o que se encontra em muitas delas são infraestruturas precárias, professores sem titulação, generalização de aulas à distância na modalidade presencial, pouca pesquisa e quase nenhuma extensão. É preciso denunciar que nada avançou na área da regulamentação do ensino privado no último período, pois o Ministério de Educação tem se esquivado de sua responsabilidade com o setor. A assistência estudantil nas particulares também é um grande problema, e ganha uma nova dimensão com crescente com a inclusão de estudantes carentes através do PROUNI.
Essa é a realidade na universidade brasileira e estudantes de todo o Brasil estão em luta para transformá-la. Em todas essas lutas, existe uma pauta em comum: a qualidade e a democratização da educação. Estes temas se tornam centrais, na medida em que a qualidade da universidade brasileira não condiz com os desafios do desenvolvimento social e humano do país. Além disso, ainda não alcançamos uma universidade verdadeiramente democrática: persiste o problema de exclusão de grande parte da universidade e persiste a perseguição aos estudantes que lutam pelos seus direitos, além do pouco espaço que temos nos conselhos universitários e demais órgãos deliberativos das universidades.
Desta forma, exigimos respostas mais efetivas do governo federal, que precisa estar mais aberto à negociação com os estudantes, professores e técnico-administrativos. Estas respostas só poderão ser efetivadas com o aumento do investimento em educação, por isso também se faz urgente aprovarmos o Plano Nacional de Educação que transforme a educação da creche à pós-graduação com 10% do PIB e 50% dos royalties e Fundo Social do Pré-Sal para Educação.
É com a garra da juventude e com a certeza de que podemos mudar a educação no país, que a UNE apresenta sua pauta de reivindicações e se dirige ao Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para exigir:
- Triplicação das verbas do Plano Nacional de Assistência Estudantil, com investimento imediato de recursos para recuperação e construção de moradias estudantis e restaurantes universitários;
- Contratação imediata de sete mil novos professores e servidores técnico-administrativos nas universidades federais;
- Investimento imediato de recursos para a conclusão das obras inacabadas do REUNI;
- Reajuste imediato das bolsas-permanência e de mérito acadêmico;
- Gestão democrática nas universidades federais: paridade nas eleições para reitoria e demais órgãos de deliberação;
- 10% do PIB e 50% dos royalties e do Fundo Social do Pré-sal para educação!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Giro FTC


Segunda edição do Projeto recebe mais Colégios de SSA
"Educação não transforma o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo". Com essa célebre frase de Paulo Freire, um dos grandes educadores e filósofos da pedagogia mundial, foi dada a largada para a segunda edição do Giro FTC, que aconteceu de 18 a 27 de setembro em Salvador. Nesse período, a Faculdade recebeu mais de 800 estudantes de diversas escolas da capital baiana, onde os alunos tiveram a oportunidade de visitar os laboratórios da Instituição e conhecer sobre cada área de atuação profissional.

Luciana Ferreira, Supervisora da Central de Relacionamento, deu as boas vindas aos alunos com uma palestra de acolhimento, oportunidade na qual realizou uma dinâmica de interação e explicou o que é o projeto Giro FTC. A estudante Daiane Pinheiro, 5º semestre de Enfermagem, apresentou as facilidades que os alunos têm para fazer uma graduação na Faculdade e os financiamentos e promoções dis, a exemplo da "Vantagem Amiga", que oferece um desconto ao veterano que indicar mais pessoas para o vestibular.

O Colégio Militar do Exército de Salvador, uma instituição renomada e reconhecida no ensino soteropolitano, marcou presença no Giro. O Major e coordenador do Ensino Médio, Genebaldo Nascimento, mostrou-se encantado com a organização e com a Faculdade. "A estrutura da FTC é muito boa, nos laboratórios os alunos ficaram impressionados em poder ter contato com a parte prática de cada profissão. Esse projeto é muito interessante, pois dá oportunidade aos alunos de conhecerem os campos e construírem uma boa imagem da faculdade", disse.

A professora do curso de Direito, Aliete Marinho, participou da palestra de abertura falando um pouco da sua história e abordando como fazer a diferença no mercado de trabalho. "É Importante demonstrar a ideia de pesquisa na carreira, principalmente nesse momento difícil de escolha de qual profissão seguir. O fundamental é que os alunos percebam que estamos abertos para responder qualquer tipo de questionamento, pois assim eles podem escolher e avaliar por conta própria o que será melhor para o seu futuro", explicou.

Os alunos aproveitaram a oportunidade do Giro na Instituição para garantir a inscrição para o processo seletivo, como fez o aluno Daniel Bonfim, do Colégio Militar do Exército. "Minha vontade é seguir a carreira militar, mas quero fazer uma graduação. Achei ótimas as orientações passadas para fazer uma auto-avaliação e expandir os meus conhecimentos de modo que eu possa seguir uma carreira profissional com reconhecimento no mercado, por isso garanti a minha inscrição", disse.

Nesta segunda edição do Projeto Giro FTC ainda visitaram a Faculdade os colégios: Omega, Presidente Kennedy, Guadalupe, Lince; Acadêmico de Vilas e da Pituba; Impacto; Emanuel Kant; Adventista de Itapagipe e de Salvador; São José; Ponto Alto e  Resgate. Fonte: FTC

Eleições 2012 na FTC Salvador


DCE realiza debate com candidatas a Vice-Prefeitas
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da FTC Salvador inovou convidando as duas candidatas a vice-prefeitas - Célia Sacramento do Partido Verde em coligação com o Democratas, e Olívia Santana do PC do B em coligação com o Partido dos Trabalhadores - para um debate político com os estudantes da Instituição.
Com a vasta experiência que possuem nos movimentos populares, as candidatas apresentarão os projetos para a cidade concebidos pelos seus partidos, com foco principalmente em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Foi convidado também um candidato a vereador escolhido pelas coligações.

A Mesa dos Trabalhos foi composta pelo presidente do DCE, Marcelo Tourinho, o Coordenador das Engenharias Ambiental e Civil, professor Lúcio Marques e pela Assessora  de Comunicação da Rede FTC, Helo  Sampaio. A professora universitária Célia Sacramento fez a sua apresentação, juntamente com o candidato e sociólogo Denis Gama, nesta terça-feira (25),  para um lotado Auditório Astor Pessoa. Na próxima segunda-feira, 1° de outubro, será a vez da pedagoga Olívia Santana debater com os estudantes, juntamente com o candidato a vereador e estudante de Ciências Sociais da Ufba, Marcelo Gavião.

Célia Sacramento abordou os principais problemas da cidade e apresentando soluções que deverão ser tomadas, em consonância com a população. Para ela, investir na educação é o fundamental. "Precisamos ter novas tecnologias nas nossas instituições de ensino, é preciso investir na Medicina especializada e na qualificação dos profissionais; eu vejo a Educação como a transformação do ser humano. Também acho importante investir na revisão tributária para fornecer recursos para os trabalhadores autônomos", disse.

Após a apresentação, foi feito um debate com os participantes, momento em que a candidata respondeu aos questionamentos. De acordo com Luiz Rafael Ruvenal, 4º semestre de Educação Física. "O debate foi bem produtivo. Gostei das perguntas feitas à candidata e achei ela muito segura nas respostas. Célia é uma pessoa simples e humilde, disse o estudante.

Em seguida, Denis Gama abordou o que considera os "nós" da cidade que mais carecem atenção: a acessibilidade, o lixo, mobilidade e a questão dos transportes urbanos.

O candidato a vereador citou as estatísticas que apontam Salvador como a pior cidade para se morar e finalizou convocando a todos para trabalhar pela recuperação do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural da cidade. "Precisamos Emprego, Trabalho, Renda e Educação; precisamos recuperar a nossa autoestima, a nossa hospitalidade, o tradicional viver bem o baiano", disse.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Debate eleições 2012

Confirmado:



Nestor Neto 

Data: quarta-feira, 03 de Outubro
Hora: 19:00h


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Pela democratização das comunicações!!

28 de agosto é a data para boicotar à rede que boicota e manipula informações.

A Globo não é dona do Brasil e nem das concessões dos seus canais de rádio e tv. 

Compartilhe e participe deste protesto !

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pela valorização dos docentes

A greve continua!!!

Sede do MUSAS

Pussy Riot, entre Putin e a Igreja - na Carta Capital



 
10/8/2012
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Grupo feminino de punk rock é julgado por fazer manifestação contra o presidente russo dentro de uma catedral de Moscou
Enquanto no Brasil os onze ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam os casos de 38 réus denunciados pelo “mensalão”, um julgamento de igual ou até mesmo maior clamor social se desenrola em Moscou desde a semana passada. Sem serem acusadas de lavagem de dinheiro ou por desvio de verbas, três meninas da banda punk Pussy Riot dividiram a opinião pública depois de terem sido levadas à corte por conta de um protesto contra o presidente Vladimir Putin, durante um culto na Catedral Cristo Salvador, na capital russa.
O episódio aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Encapuzadas e carregando guitarras, cinco meninas invadiram a catedral com câmeras de vídeo e correram para o altar (onde, segundo a tradição, apenas homens podem subir), entoando uma “oração” que criticava o apoio da Igreja Ortodoxa ao governo. A letra da canção pedia: “Maria, mãe de Deus, tire Putin do poder”.
As Pussy Riot Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samutsevich, presas por protestar dentro da igreja Foto: AFP
vídeo foi publicado no Youtube e logo se tornou um viral na internet. A polícia – que na ocasião só havia interrompido o ato – foi acionada e três das cantoras que realizaram o protesto acabaram sendo presas, denunciadas por vandalismo.
Desde então, Yekaterina Samutsevich, de 29 anos, Nadezhda Tolokonnikova, de 22, e Maria Alyokhina, de 24, permanecem na cadeia, situação que, de acordo com o jornal britânico The Guardian, não é comum na Rússia, onde a prisão geralmente só acontece após o julgamento. Em março, as meninas tentaram ser soltas,mas a Justiça russa decidiu mantê-las em prisão preventiva.
O julgamento
Na segunda-feira 30 de julho foram iniciadas as audiências, que estão sendo transmitidas ao vivo pelo site do tribunal Jamovnicheski de Moscou. No primeiro dia de julgamento, a promotoria afirmou que o trio poderia pegar até sete anos de prisão, mas na última terça-feira 7 a condenação foi estimada em três anos.
Os promotores afirmam que as ações mostram “claramente ódio religioso e inimizade” por parte das cantoras e completam dizendo que “houve zombaria verdadeira e humilhação dirigida às pessoas na igreja”.
A Igreja Ortodoxa pediu que o grupo também fosse acusado de blasfêmia. Pelas falas dos promotores, percebe-se que a Justiça russa achou legítimo o discurso da igreja. Existe um consenso de que “neutro” é a última coisa que este julgamento está sendo. Apesar disso, na quinta-feira 2, Putin disse que as meninas não deveriam ter um julgamento tão duro.
Nas imagens transmitidas ao vivo durante as audiências, Yekaterina, Maria Alyokhina e Nadezhda aparecem calmas e sorridentes. Na quarta-feira 8, a última comparou o julgamento a um ato stalinista. “O julgamento se parece com o das troikas da época de Stalin”, declarou, em referência aos grupos de três pessoas que, a partir dos anos 30, condenaram de maneira sumária e arbitrária milhares de soviéticos acusados de crimes políticos a anos de campos de reclusão ou à pena de morte.
O tribunal deve dar sua sentença final no dia 17 de agosto.
Apoio internacional
Grupos de direitos humanos já se manifestaram em favor das Pussy Riot. “A decisão do tribunal não dependerá da lei, mas da vontade do Kremlin”, disse Liudmila Alexeieva, uma moscovita que chefia o grupo de defesa dos direitos humanos Grupo de Helsínquia, a uma agência internacional de notícias.
Na noite de terça-feira 7, Madonna disse durante um show em Moscou que rezava pela liberdade das russas. Ao surgir no palco com a inscrição “Pussy Riot” pintada em suas costas, a cantora causou estardalhaço na plateia. O apoio de Madonna ao grupo se soma ao de outras celebridades, como as bandas Red Hot Chilli Pepers, Franz Ferdinand, Faith No More e os músicos Sting e Peaches. Yoko Ono, viúva de John Lennon, pediu em sua conta no Twitter para Putin libertá-las.
Do lado político, 120 deputados federais alemães expressaram “preocupação” com o caso, em uma carta enviada ao embaixador russo em Berlim. E segundo o jornal russo Kommersant, o ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, também expressou seu apoio.
A banda
As Pussy Riot se inspiraram nos grupos punk femininos dos anos 1990, como o Bikini Kill, que irrompeu na cena musical moscovita no início do inverno passado com letras agressivas e performances pouco habituais.
Consideram-se um movimento avant-garde de uma geração descontente com Putin, que está há 12 anos no poder. Interpretaram que o país precisava de uma banda militante de street punk feminista, que pudesse tocar nas ruas e praças de Moscou e mobilizar a energia pública contra o governo e a dominância masculina, além de militar pelas causas LGBT.
Essa não é a primeira vez que o grupo tem problemas com o Estado russo. Em janeiro, a banda foi detida depois de tocar na Praça Vermelha, espaço símbolo dos militares, a música Revolt In Russia.
Quando questionado sobre sua opinião a respeito do governo Putin, o grupo costuma rebater: “Como você via a Líbia sob o governo de Gaddafi? Como você vê a Coreia do Norte sob o governo de Kim Jong-un?”
*Com informações da AFP e do jornal The Guardian

Fonte: Carta Capital

terça-feira, 12 de junho de 2012

nota oficial da une sobre a matéria do jornal o globo do dia 8 de junho de 2012


“Não nos intimidaremos. Pelo contrário, ampliaremos nossa luta pela democratização da mídia, por uma educação para todos e por um Brasil mais justo”, afirma a nota
Não nos causa espanto o ataque arquitetado por parte da imprensa conservadora contra a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o conjunto dos movimentos sociais. Primeiro, foi a revista Veja. Agora, é pelas páginas do jornal O Globo que a microfonia da mídia golpista tenta nos atingir. A UNE é alvo porque participa da luta democrática para romper o monopólio que meia dúzia de famílias exerce sobre a comunicação no Brasil. A UNE está na mira porque demonstra a necessidade de imediata regulação das responsabilidades dos meios de comunicação.
É importante deixar claro, em respeito a todos os que acompanham a nossa trajetória de 75 anos de vida, que a UNE não cometeu irregularidades e não é alvo de investigações de nenhum tribunal de contas. Se, o pedido de investigação feito pelo procurador do ministério público junto ao TCU apontar qualquer equívoco em nossa prestação de contas, – não há provas de que tenha ocorrido- será fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé.
Sobre um ponto da matéria publicada nesta sexta-feira, dia 8 de junho, pelo jornal O Globo, cobramos responsabilidade na veiculação e análise das informações e esclarecemos que a compra de alguns itens de vestuário foram feitas para a construção de instalações (artes visuais) e para o figurino de peças de teatro, atividades da Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina.
Sobre a compra de bebidas alcóolicas é necessário esclarecer que os valores referentes a estes itens constavam em algumas notas fiscais, mas não foram contabilizados como parte dos gastos com o dinheiro público. Ou seja, a UNE não usou dinheiro público para pagar esses itens. A montagem de camarins e uma intervenção artística sobre  a religiosidade afro-brasileira no qual se utilizava cachaça, búzios e velas foram comprada com o dinheiro privado da entidade.
Quanto a existência de notas fiscais supostamente irregulares, a UNE esclarece que o processo de contratação foi feito via pregão eletrônico, por meio da empresa “Terceiro Pregão”, especializada em licitações para o terceiro setor. A UNE cumpriu a sua parte contratual. Caso tenha ocorrido qualquer irregularidade por parte das empresas contratadas, a UNE apoia a  investigação do ocorrido e a adoção de medidas legais cabíveis.
A União Nacional dos Estudantes participa das políticas de financiamento público a atividades culturais, esportivas e educacionais desde 1999, sempre cumprindo todas as exigências técnicas de seus convênios. Parte das nossas prestações de contas já estão aprovadas, sendo que algumas se encontram ainda em análise pelos órgãos responsáveis. A UNE reafirma seu compromisso de zelo com os recursos públicos e, se comprovado qualquer tipo de imperícia técnica em qualquer prestação de contas, compromete-se a saná-las de acordo com o que lei determina, inclusive, se for o caso, com a devolução de recursos. Dessa forma, a UNE reafirma também o seu compromisso com o Erário, honrando seus 75 anos de vida.
Infelizmente, para as poucas famílias que exercem o monopólio da comunicação no Brasil, ser verdade ou não é apenas um detalhe. O que importa, para eles, é a versão, sempre comprometida com os interesses das elites dominantes. A UNE já enfrentou batalhas piores contra estes mesmos personagens, por exemplo,  durante a ditadura civil-militar. Esperamos que a Comissão da Verdade revele os responsáveis destas empresas pela cooperação com a tortura, o assassinato e outros crimes bárbaros cometidos pelo regime de exceção, assim como a luta contra a corrupção no Brasil revele as relações mantidas entre corruptores, como o bicheiro Carlinhos Cachoeira e os donos destas mesmas empresas.
Como não nos intimidamos no passado, não nos intimidaremos agora. Pelo contrário, ampliaremos nossa luta pela democratização da mídia, por uma educação para todos e por um Brasil mais justo.
União Nacional dos Estudantes
08 de junho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

em brasília UNE apoia marcha unificada de docentes em greve


Mais de oito mil participaram do ato em defesa do reajuste salarial dos professores
Mais um ato da mobilização dos professores das universidades federais, em greve desde o dia 17 de maio, na defesa do reajuste salarial para a categoria, levou 8 mil às ruas de Brasília na manhã de hoje (05), na Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF). Reforçando o apoio à causa, além de centenas de estudantes de todo o país, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, e a vice-presidente da entidade, Clarissa da Cunha, estiveram presentes na marcha.
A UNE entende que a causa dos professores é justa e está intensificando as mobilizações dos estudantes de apoio à greve, além de, em defesa de uma universidade pública e de qualidade, levar ao movimento pautas específicas do ME, como a defesa de maiores investimentos na educação (10% do PIB e 50% dos Royalties e do fundo sociaal do pré-sal para educação). Leia carta aprovada durante a última reunião da diretoria executiva da entidade aqui.
Para Iliescu, o ato abriu um grande espaço de luta por direitos fundamentais para uma educação de qualidade. “Apoiar este movimento é somar forças para a real mudança do ensino superior, garantindo mais mentes e projetos a serviço do desenvolvimento econômico, social e humano do país. Esta causa é de todos, estudantes e trabalhadores de todo o Brasil”, ressaltou.
Vindas de todos os cantos do Brasil, caravanas com professores de todas as instituições federais de ensino em greve e centenas de estudantes da UFRJ, UniRio, UnB, UFSJ, UFV,UFT, UFSM, FURG, UFMT, UFPB integraream o ato. A concentração foi feita em frente à catedral de Brasília às 10h30 e os manifestantes marcharam até o Ministério do Planejamento. Após a marcha, foi realizada uma plenária ampliadados servidores, às 15h, na Esplanada, para votar a greve geral do funcionalismo federal, a partir de 11 de junho.

PROFESSORES EM GREVE

A greve dos professores das Instituições Federais de Ensino completou 18 dias nesta segunda-feira (4). Desde a deflagração da paralisação nacional por tempo indeterminado, em 17 de maio, docentes de 49 instituições já suspenderam as atividades. Veja a lista completa aqui.
O principal motivo da greve é que os governos dos estados envolvidos não cumpriram a Lei Federal que regulamenta o piso salarial dos professores. Além disso, os servidores vêm enfrentando a precarização das condições de trabalho e ataques aos direitos básicos, como a recente privatização da previdência, com a criação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (Funpresp).
Mariana Ortiz

domingo, 10 de junho de 2012

diretoria da une reforçam mobilizações em federais


Por uma reforma universitária mais democrática, estudantes convocam mobilizações para intensificar bandeiras da greve
Durante a noite de ontem, 31, a diretoria executiva da União Nacional dos Estudantes se reuniu na sede da entidade, em São Paulo, para debater encaminhamentos relativos ao importante momento que vive a educação e o país, com a iminência de aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a greve dos docentes das instituições federais ganhando cada vez mais visibilidade e adesão.
Nesse cenário, o principal ponto debatido foi a participação estudantil na greve com a defesa de uma reforma universitária democrática e das bandeiras de luta do movimento estudantil . “É um momento histórico. Momento de levar essa pauta a todos os estudantes do Brasil. Aprovamos uma resolução também histórica, que reflete os anseios de muitas gerações na luta por uma educação pública e de qualidade, e que deve ser debatida e discutida em todas as salas de aula do país”, afirmou o presidente da entidade, Daniel Iliescu.
Além disso, foram definidos cinco encaminhamentos: a)  a ampla participação no 60° Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da UNE; b) a constituição de um Comando Nacional de Luta Estudantil; c) a participação no ato dos professores e servidores do dia 5 de Junho, em Brasília, em defesa das greves e mobilizações das universidades federais; d) a manutenção do dia 11 de Junho como “Dia Nacional da Luta pela Educação de Qualidade”; e) as mobilizações no dia 12 e 13 de Junho pela aprovação de um PNE democrático que garanta 10% do PIB e 50% dos royalties do petroléo e do fundo social do Pré-sal para a educação.

Declarada no dia 17, a paralisação já chegou a 47 das 59 instituições federais de ensino superior do país. Além disso, há forte indicativo de que os servidores técnico-administrativos das instituições federais também iniciarão greve no próximo dia 11 de junho. A UNE entende que a causa levantada pelos docentes e funcionários técnico-administrativos é justa e fundamental para a construção de uma educação pública e de qualidade e por isso apoia a greve.
Dessa forma, além da principal bandeira nacional do movimento estudantil, a destinação de 10% do PIB e 50% do fundo social e dos Royalties do Pré-sal para educação, foram definidos outros três pontos prioritários de reivindicação dos estudantes. Em primeiro lugar, a triplicação das verbas que o governo, por meio do PNAES, destina à assistência estudantil. Atualmente são investidos anualmente R$ 500 milhões, a UNE entende que garantir a permanência dos estudantes nas universidades é fundamental e por isso propõe um reajuste que aumente a verba para R$ 1,5 bilhões.
Além disso, a entidade entende que é, também, urgente a contratação de mais professores e servidores técnico-administrativos para cada instituição, bem como a implantação de um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura que estão paradas nas universidades. Por fim, para obter uma gestão democrática, a pauta inclui a paridade nas eleições das reitorias e órgãos de decisão da universidade, garantida por lei.
 “A reunião possibilitou um espaço amplo e democrático de debate sobre as mobilizações nas federais, que no nosso ponto de vista são históricas e uma grande oportunidade para garantir fundamentais conquistas para os estudantes”, avaliou a diretora de Comunicação da UNE, Virgínia Barros.

O principal ponto de discussão foi a greve dos professores das universidades federais, mas outros três importantes pontos foram também colocados em pauta. O diretor da UNE e secretário-executivo da OCLAE, Matheus Fiorentini, apresentou a agenda da entidade durante a Rio+20.
Também pauta da reunião foi discutido o 60º CONEG da UNE, que acontecerá no mesmo período da conferência, entre os dias 15 a 17, no Rio de Janeiro, e cujo principal objetivo será a mobilização e o diálogo sobre a greve nas federais.
Por fim, a diretora de cultura da UNE, Maria das Neves, apresentou a proposta, posteriormente aprovada, do tema e local da 8ª Bienal da UNE, que acontecerá em janeiro de 2013 em Recife e Olinda e trará como tema a história e a cultura do povo sertanejo e a comemoração do 100º aniversário de Luiz Gonzaga, grande homenageado do festival.
Camila Hungria
Fotos: Micael Hocherman

sábado, 9 de junho de 2012

são paulo realiza a 16ª parada do orgulho lgbt


Considerado o maior encontro LGBT do mundo, mais de três milhões de pessoas são esperadas
Organizada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), a Parada do Orgulho LGBT chega em sua 16ª edição no próximo domingo (10/06) trazendo mais uma vez a questão política para a avenida e combate ao preconceito. 
Neste ano, o tema é Homofobia tem cura: educação e criminalização, que expõe a discriminação contra os LGBT como um vício social que afeta toda a sociedade. A frase ainda reivindica como medida eficaz para contenção do problema a aplicação do projeto Escola Sem Homofobia, que visa preparar os professores da rede pública para a compressão sobre as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero com intuito de promover a igualdade e combater a homofobia entre os alunos. Outra exigência feita pelo movimento é a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/06 – há seis anos em tramitação no Senado –, que pretende criminalizar a homofobia em âmbito nacional, assim como já está previsto para o racismo e outros crimes de ódio. 
Como de tradição todos os anos, as entidades estudantis marcam presença apoiando o coro na luta contra a homofobia no Brasil. Com um total geral de 16 trios, a manifestação segue até a Praça da República. O objetivo da participação das entidades estudantis é chamar a atenção de toda a sociedade para as ações homofóbicas que acontecem dentro das escolas e universidades. 

Durante a semana que antecede a 16ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros), que será realizada no próximo domingo, 10 de junho, o Programa de DST/Aids da cidade de São Paulo e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, realizarão atividades de prevenção e incentivo à testagem, divulgação dos serviços especializados disponíveis na rede municipal de saúde e distribuição de preservativos. 
Mais de 150 técnicos e agentes de prevenção do Projeto Cidadania Arco Íris – iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde que tem por objetivo a defesa da cidadania, diversidade e prevenção às DST/Aids – participarão da Parada e da 12ª Feira Cultural LGBT, marcada para quinta-feira, 7 de junho, no Vale do Anhangabaú. Também estarão instalados no Largo do Arouche, onde ocorrerá o 12o. Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade. 

7 de junho10h às 22h
12ª Feira Cultural LGBT
Vale do Anhangabaú 
8 de junho
18h
12º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade
Academia Paulista de Letras (Largo do Arouche, nº 312/324, Vila Buarque)
9 de junho
10h às 22h
12º Gay Day – Hopi Hari (Rodovia dos Bandeirantes, KM 72,5 Vinhedo)
10 de junho
12h
16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo – Avenida Paulista e Rua da Consolação (concentração em frente ao MASP)

1º Abertura (oficial APOGLBT)
2º Central Única dos Trabaçhadores (CUT)
3º Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (SINTRATEL)
4º Freedom Club
5º Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP)
6º Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP)
7º Diversidade (oficial APOGLBT)
8º Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual de São Paulo (CADS)
9º Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual de São Paulo (CADS)
10º Trio das Lésbicas (parceria APOGLBT com The L Club)
11º ONG Ação Brotar Pela Cidadania e Diversidade Sexual (ABCD’S)
12º Disponível.com
13º Salete Campari
14º Paz / Casamento (oficial APOGLBT) 
Da Redação da UNE

une e movimento educacional lutam pela aprovação imediata do pne com 10% do pib


Votação do Plano em caráter conclusivo ocorre nos próximos dias 12 e 13 de junho
O Brasil vive dias decisivos para os rumos da educação do país e para definição do tipo de desenvolvimento que será adotado para a próxima década. No bojo das discussões do novo Plano Nacional de  Educação (PNE), o debate traz a possibilidade de dialogar sobre o projeto de universidade que a juventude quer para o país, e o movimento educacional unificado reafirma que este é momento de ampliação de direitos, com a destinação de 10% do  PIB e 50% dos  royalties e do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.
Os últimos capítulos da tramitação do PNE, que  começou no  final de 2010, aconteceram nos dias 29 e 30 de maio, quando o relator do plano, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), iniciou a leitura do texto  para a comissão especial que analisa a matéria na câmara. A leitura foi concluída no dia seguinte (30), com a solicitação de Vanhoni para nova rodada de negociação com o governo.
Os próximos e decisivos capítulos da votação estão previstos  para o dia 12 e 13 de junho, data para a qual a votação foi  marcada. O projeto  tramita em caráter conclusivo, ou seja, caso aprovado pela comissão especial, seguirá  diretamente para votação no Senado.
Atualmente, são investidos apenas cerca  de 5% do PIB na área. O texto apresentado por Vanhoni prevê uma meta de 7,5%. O movimento estudantil e educacional, unidos, pressionam o congresso e levantam a bandeira de um investimento mínimo, previsto pelo PNE, de 10% do PIB para educação.
“O PNE traz uma grande expectativa para a sociedade brasileira, que anseia pela sua aprovação. O Congresso Nacional  tem, portanto,  o poder de aprovar um plano à altura dos desafios do nosso país,  que invista 10% do PIB e 50% dos royalties do pré-sal pra educação, o que seria uma grande  vitória que vai se refletir futuramente na qualidade universidades de todo país, inclusive nas federais que agora estão em greve” , avalia o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
O Coordenador-geral da Campanha Nacional  pelo Direito à Educação, Daniel Cara, mostra-se otimista em relação à aprovação da meta de 10% argumentando que uma grande vitória alcançada é a hegemonia de ideias em relação à necessidade dos 10% do PIB para educação alcançada na Comissão  Especial. “Hoje há unanimidade da necessidade dos 10%. Se fosse votado agora,  acredito que os 10% seriam aprovados”, afirmou. Ele aponta a pressão exercida por parte da política econômica do país como único fator que possa diminuir a meta do plano. “A área econômica do governo é poderosa e preponderante, e vai usar artifícios para garantir o patamar”, explicou.
 O diretor de políticas educacionais da UNE, Estevão Cruz, também avalia o momento como positivo para a aprovação dos 10%. “A pressão que estamos  fazendo o conjunto das entidades já tem resultado num cenário  que a oposição de direita e esquerda ao governo estão votando nos 10%. Estamos nos aproximando da  reta final da votação e essa margem de manobra do governo está  ficando mais curta”, disse. 

PLANO TRAZ AVANÇOS

O item mais polêmico do  plano é a meta 20, que define justamente o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do país a ser investido na educação. “Desconsiderando o debate em torno da meta de investimento, o  plano está redondo. Porém, um investimento inferior 10% impossibilitarialcançar todas as outras metas”, avaliou o diretor de relações  institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), André Vitral.
Para Cara, “O plano melhorou muito, no senado  terá que melhorar algumas outras metas, como a de avaliação, por  exemplo. O PNE   tem que apontar para apenas uma direção”, explicou.

“PNE JÁ!”

Além de pressionar o congresso para que a meta de  investimento aprovada seja 10%, a pressão também ocorre no sentido de  garantir que a aprovação aconteça imediatamente. Durante última reunião da diretoria executiva da UNE, foi referendada uma agenda de mobilizações que inclui atos nos dias 12 e 13, quanto estará sendo realizada a votação. “Nossa mobilização terá essa cara, essa marca: se não tiver 10%, não é o PNE que queremos”, disse Estevão.
Nessa linha, as entidades do movimento  estudantil (UNE, UBES e ANPG), unidas à SBPC e à entidades do movimento  educacional uniram forças para pressionar o congresso e  lançaram em maio a campanha “PNE Já! 10% do PIB em Educação e 50% dos Royalties e do Fundo Social  do Pré-Sal para Educação, Ciência e Tecnologia”.
“Hoje, o grande desafio da SBPC é cobrar do governo e mostrar a importância de investir em todas as etapas da educação. Se o cobertor é pequeno, vamos buscar dinheiro. Investimento é educação, ciência e tecnologia. O resto é gasto”, afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.
Na manhã do dia 9 de maio, a UNE e a UBES realizaram um grande ato na Câmara dos Deputados, quando cerca de 300 estudantes ocuparam o salão verde da casa pela aprovação do PNE com destinação de maiores investimentos para a educação.
Camila Hungria com apuração de Mariana Ortiz e Renata Bar
site da UNE