Mais de oito mil participaram do ato em defesa do reajuste salarial dos professores
Mais um ato da mobilização dos professores das universidades federais, em greve desde o dia 17 de maio, na defesa do reajuste salarial para a categoria, levou 8 mil às ruas de Brasília na manhã de hoje (05), na Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF). Reforçando o apoio à causa, além de centenas de estudantes de todo o país, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, e a vice-presidente da entidade, Clarissa da Cunha, estiveram presentes na marcha.
A UNE entende que a causa dos professores é justa e está intensificando as mobilizações dos estudantes de apoio à greve, além de, em defesa de uma universidade pública e de qualidade, levar ao movimento pautas específicas do ME, como a defesa de maiores investimentos na educação (10% do PIB e 50% dos Royalties e do fundo sociaal do pré-sal para educação). Leia carta aprovada durante a última reunião da diretoria executiva da entidade aqui.
Para Iliescu, o ato abriu um grande espaço de luta por direitos fundamentais para uma educação de qualidade. “Apoiar este movimento é somar forças para a real mudança do ensino superior, garantindo mais mentes e projetos a serviço do desenvolvimento econômico, social e humano do país. Esta causa é de todos, estudantes e trabalhadores de todo o Brasil”, ressaltou.
Vindas de todos os cantos do Brasil, caravanas com professores de todas as instituições federais de ensino em greve e centenas de estudantes da UFRJ, UniRio, UnB, UFSJ, UFV,UFT, UFSM, FURG, UFMT, UFPB integraream o ato. A concentração foi feita em frente à catedral de Brasília às 10h30 e os manifestantes marcharam até o Ministério do Planejamento. Após a marcha, foi realizada uma plenária ampliadados servidores, às 15h, na Esplanada, para votar a greve geral do funcionalismo federal, a partir de 11 de junho.
PROFESSORES EM GREVE
A greve dos professores das Instituições Federais de Ensino completou 18 dias nesta segunda-feira (4). Desde a deflagração da paralisação nacional por tempo indeterminado, em 17 de maio, docentes de 49 instituições já suspenderam as atividades. Veja a lista completa aqui.
O principal motivo da greve é que os governos dos estados envolvidos não cumpriram a Lei Federal que regulamenta o piso salarial dos professores. Além disso, os servidores vêm enfrentando a precarização das condições de trabalho e ataques aos direitos básicos, como a recente privatização da previdência, com a criação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (Funpresp).
Mariana Ortiz
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