Maia e Manuela d’Ávila recebem estudante chilena Camila Vallejo
Após participar de grande manifestação em Brasília, líder estudantil denuncia violência e repressão do governo chileno
Após participar da Marcha dos Estudantes, grande manifestação que colocou nas ruas de Brasília mais de 12 mil estudantes na última quarta-feira (dia 31 de agosto), a presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (Fech), Camila Vallejo, participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), quando denunciou a violência e a repressão do governo chileno contra as manifestações de seu país.
Há cerca de quatro meses os estudantes chilenos têm organizado uma série de protestos contra a mercantilização da educação no país. A resposta do governo tem sido bastante abusiva, chegando ao seu ápice no último dia 26 de agosto, quando um estudante de 16 anos foi morto pela polícia durante um protesto em Santiago.
Como forma de manifestar seu apoio irrestrito à luta dos estudantes chilenos, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, participou de uma grande paralisação de 48 horas no Chile, no último dia 25 de agosto, um dia antes do garoto de 16 anos ter sido assassinado. A vinda de Camila ao Brasil reforça esse apoio incondicional da entidade brasileira à luta do povo chileno por melhorias na educação e contra as repressões violentas do governo.
Para Camila, a morte do jovem exemplifica o caos e a violência que a sociedade chilena está enfrentando. “Ele sequer participava dos protestos e foi baleado”, lamentou. A líder estudantil também denunciou casos de tortura. “Há relatos de choques elétricos nas mãos e assédio sexual por parte de policiais. Essas coisas não saem na imprensa porque os estudantes têm medo de denunciar, principalmente os do interior”, disse.
Em seu discurso, a deputada Erika Kokay também relembrou o período da ditadura e afirmou que a luta dos estudantes chilenos representa o “anseio de liberdade plena da juventude”. A parlamentar fez um paralelo com a ditadura no Brasil. “Na ditadura militar nós éramos impedidos de usar o verde e amarelo. É como se os militares tivessem se apropriado do país. Então, os estudantes colocaram em seus rostos essas cores e foram pras ruas gritando ´Esse país nos pertence´. A luta chilena também é nossa, é a luta por um país livre.”, pontuou.
Os diretores da UNE também entregaram a Maia o mesmo documento levado poucos antes à presidente Dilma Roussef, uma pauta de reivindicações com 43 pontos, entre eles a bandeira dos 10% do PIB e dos 50% do Pré-sal para a educação, o pedido para agilidade na aprovação do Estatuto da Juventude; a garantia de finalização das obras do Programa de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni). A UNE reivindicou ainda mudanças no Programa Universidade para Todos (ProUni), por exemplo, a transformação das bolsas parciais em integrais e a criação de uma política de bolsa auxílio para os prounistas.
Assista à entrevista da GloboNews com Camila Vallejo aqui: http://migre.me/5BThb
Após participar da Marcha dos Estudantes, grande manifestação que colocou nas ruas de Brasília mais de 12 mil estudantes na última quarta-feira (dia 31 de agosto), a presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (Fech), Camila Vallejo, participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), quando denunciou a violência e a repressão do governo chileno contra as manifestações de seu país.
Há cerca de quatro meses os estudantes chilenos têm organizado uma série de protestos contra a mercantilização da educação no país. A resposta do governo tem sido bastante abusiva, chegando ao seu ápice no último dia 26 de agosto, quando um estudante de 16 anos foi morto pela polícia durante um protesto em Santiago.
Denúncia de violência e repressão do governo chileno
Recebida pela deputada Manuela d’Ávila (PCdoB), presidente da CDHM, Camila afirmou em seu discurso na Comissão que a polícia chilena tem usado estratégias de guerra para reprimir as manifestações e que os estudantes são torturados e reprimidos por jatos de água e bombas de gás. “Nos dias de manifestação, Santiago fica como se estivesse em estado de sítio, onde não se assegura nem o direito de ir e vir. Se você sai na rua com seu namorado para caminhar, encontra um estado de guerra. É um Estado militarizado”, denunciou.Como forma de manifestar seu apoio irrestrito à luta dos estudantes chilenos, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, participou de uma grande paralisação de 48 horas no Chile, no último dia 25 de agosto, um dia antes do garoto de 16 anos ter sido assassinado. A vinda de Camila ao Brasil reforça esse apoio incondicional da entidade brasileira à luta do povo chileno por melhorias na educação e contra as repressões violentas do governo.
Para Camila, a morte do jovem exemplifica o caos e a violência que a sociedade chilena está enfrentando. “Ele sequer participava dos protestos e foi baleado”, lamentou. A líder estudantil também denunciou casos de tortura. “Há relatos de choques elétricos nas mãos e assédio sexual por parte de policiais. Essas coisas não saem na imprensa porque os estudantes têm medo de denunciar, principalmente os do interior”, disse.
Parlamentares demonstram apoio
Manuela demonstrou o seu total apoio e da Comissão à líder chilena. “A importância de ter o povo na rua é que essa onda de mobilizações na América Latina mostra que quem luta por direitos não provoca morte. Quem o faz é quem reprime os direitos”, disse. O deputado Paulo Teixeira relembrou que o Chile recebeu brasileiros exilados durante o período de ditadura e, assim como o também deputado Luiz Couto, manifestou apoio à causa dos estudantes chilenos. “Temos uma relação fraterna como Chile, quero parabenizá-los pelos protestos”, ressaltaram.Em seu discurso, a deputada Erika Kokay também relembrou o período da ditadura e afirmou que a luta dos estudantes chilenos representa o “anseio de liberdade plena da juventude”. A parlamentar fez um paralelo com a ditadura no Brasil. “Na ditadura militar nós éramos impedidos de usar o verde e amarelo. É como se os militares tivessem se apropriado do país. Então, os estudantes colocaram em seus rostos essas cores e foram pras ruas gritando ´Esse país nos pertence´. A luta chilena também é nossa, é a luta por um país livre.”, pontuou.
Encontro com Marco Maia
Após a sessão na CDHM, Manuela acompanhou diretores da UNE e Camila Vallejo para uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Participaram também a deputada Luciana Santos, o deputado Alessandro Molon e o senador Lindbergh Farias. Na ocasião, Iliescu apresentou a Maia um pedido para que uma comissão parlamentar brasileira visite o Chile com objetivo de averiguar suspeitas de violação dos direitos humanos no país. Camila relatou a situação do Chile e, ao final do encontro, Maia se comprometeu em criar uma comissão externa de parlamentares brasileiros para acompanhar a situação no Chile.Os diretores da UNE também entregaram a Maia o mesmo documento levado poucos antes à presidente Dilma Roussef, uma pauta de reivindicações com 43 pontos, entre eles a bandeira dos 10% do PIB e dos 50% do Pré-sal para a educação, o pedido para agilidade na aprovação do Estatuto da Juventude; a garantia de finalização das obras do Programa de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni). A UNE reivindicou ainda mudanças no Programa Universidade para Todos (ProUni), por exemplo, a transformação das bolsas parciais em integrais e a criação de uma política de bolsa auxílio para os prounistas.
Assista à entrevista da GloboNews com Camila Vallejo aqui: http://migre.me/5BThb
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