terça-feira, 12 de junho de 2012

nota oficial da une sobre a matéria do jornal o globo do dia 8 de junho de 2012


“Não nos intimidaremos. Pelo contrário, ampliaremos nossa luta pela democratização da mídia, por uma educação para todos e por um Brasil mais justo”, afirma a nota
Não nos causa espanto o ataque arquitetado por parte da imprensa conservadora contra a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o conjunto dos movimentos sociais. Primeiro, foi a revista Veja. Agora, é pelas páginas do jornal O Globo que a microfonia da mídia golpista tenta nos atingir. A UNE é alvo porque participa da luta democrática para romper o monopólio que meia dúzia de famílias exerce sobre a comunicação no Brasil. A UNE está na mira porque demonstra a necessidade de imediata regulação das responsabilidades dos meios de comunicação.
É importante deixar claro, em respeito a todos os que acompanham a nossa trajetória de 75 anos de vida, que a UNE não cometeu irregularidades e não é alvo de investigações de nenhum tribunal de contas. Se, o pedido de investigação feito pelo procurador do ministério público junto ao TCU apontar qualquer equívoco em nossa prestação de contas, – não há provas de que tenha ocorrido- será fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé.
Sobre um ponto da matéria publicada nesta sexta-feira, dia 8 de junho, pelo jornal O Globo, cobramos responsabilidade na veiculação e análise das informações e esclarecemos que a compra de alguns itens de vestuário foram feitas para a construção de instalações (artes visuais) e para o figurino de peças de teatro, atividades da Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina.
Sobre a compra de bebidas alcóolicas é necessário esclarecer que os valores referentes a estes itens constavam em algumas notas fiscais, mas não foram contabilizados como parte dos gastos com o dinheiro público. Ou seja, a UNE não usou dinheiro público para pagar esses itens. A montagem de camarins e uma intervenção artística sobre  a religiosidade afro-brasileira no qual se utilizava cachaça, búzios e velas foram comprada com o dinheiro privado da entidade.
Quanto a existência de notas fiscais supostamente irregulares, a UNE esclarece que o processo de contratação foi feito via pregão eletrônico, por meio da empresa “Terceiro Pregão”, especializada em licitações para o terceiro setor. A UNE cumpriu a sua parte contratual. Caso tenha ocorrido qualquer irregularidade por parte das empresas contratadas, a UNE apoia a  investigação do ocorrido e a adoção de medidas legais cabíveis.
A União Nacional dos Estudantes participa das políticas de financiamento público a atividades culturais, esportivas e educacionais desde 1999, sempre cumprindo todas as exigências técnicas de seus convênios. Parte das nossas prestações de contas já estão aprovadas, sendo que algumas se encontram ainda em análise pelos órgãos responsáveis. A UNE reafirma seu compromisso de zelo com os recursos públicos e, se comprovado qualquer tipo de imperícia técnica em qualquer prestação de contas, compromete-se a saná-las de acordo com o que lei determina, inclusive, se for o caso, com a devolução de recursos. Dessa forma, a UNE reafirma também o seu compromisso com o Erário, honrando seus 75 anos de vida.
Infelizmente, para as poucas famílias que exercem o monopólio da comunicação no Brasil, ser verdade ou não é apenas um detalhe. O que importa, para eles, é a versão, sempre comprometida com os interesses das elites dominantes. A UNE já enfrentou batalhas piores contra estes mesmos personagens, por exemplo,  durante a ditadura civil-militar. Esperamos que a Comissão da Verdade revele os responsáveis destas empresas pela cooperação com a tortura, o assassinato e outros crimes bárbaros cometidos pelo regime de exceção, assim como a luta contra a corrupção no Brasil revele as relações mantidas entre corruptores, como o bicheiro Carlinhos Cachoeira e os donos destas mesmas empresas.
Como não nos intimidamos no passado, não nos intimidaremos agora. Pelo contrário, ampliaremos nossa luta pela democratização da mídia, por uma educação para todos e por um Brasil mais justo.
União Nacional dos Estudantes
08 de junho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

em brasília UNE apoia marcha unificada de docentes em greve


Mais de oito mil participaram do ato em defesa do reajuste salarial dos professores
Mais um ato da mobilização dos professores das universidades federais, em greve desde o dia 17 de maio, na defesa do reajuste salarial para a categoria, levou 8 mil às ruas de Brasília na manhã de hoje (05), na Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF). Reforçando o apoio à causa, além de centenas de estudantes de todo o país, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, e a vice-presidente da entidade, Clarissa da Cunha, estiveram presentes na marcha.
A UNE entende que a causa dos professores é justa e está intensificando as mobilizações dos estudantes de apoio à greve, além de, em defesa de uma universidade pública e de qualidade, levar ao movimento pautas específicas do ME, como a defesa de maiores investimentos na educação (10% do PIB e 50% dos Royalties e do fundo sociaal do pré-sal para educação). Leia carta aprovada durante a última reunião da diretoria executiva da entidade aqui.
Para Iliescu, o ato abriu um grande espaço de luta por direitos fundamentais para uma educação de qualidade. “Apoiar este movimento é somar forças para a real mudança do ensino superior, garantindo mais mentes e projetos a serviço do desenvolvimento econômico, social e humano do país. Esta causa é de todos, estudantes e trabalhadores de todo o Brasil”, ressaltou.
Vindas de todos os cantos do Brasil, caravanas com professores de todas as instituições federais de ensino em greve e centenas de estudantes da UFRJ, UniRio, UnB, UFSJ, UFV,UFT, UFSM, FURG, UFMT, UFPB integraream o ato. A concentração foi feita em frente à catedral de Brasília às 10h30 e os manifestantes marcharam até o Ministério do Planejamento. Após a marcha, foi realizada uma plenária ampliadados servidores, às 15h, na Esplanada, para votar a greve geral do funcionalismo federal, a partir de 11 de junho.

PROFESSORES EM GREVE

A greve dos professores das Instituições Federais de Ensino completou 18 dias nesta segunda-feira (4). Desde a deflagração da paralisação nacional por tempo indeterminado, em 17 de maio, docentes de 49 instituições já suspenderam as atividades. Veja a lista completa aqui.
O principal motivo da greve é que os governos dos estados envolvidos não cumpriram a Lei Federal que regulamenta o piso salarial dos professores. Além disso, os servidores vêm enfrentando a precarização das condições de trabalho e ataques aos direitos básicos, como a recente privatização da previdência, com a criação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (Funpresp).
Mariana Ortiz

domingo, 10 de junho de 2012

diretoria da une reforçam mobilizações em federais


Por uma reforma universitária mais democrática, estudantes convocam mobilizações para intensificar bandeiras da greve
Durante a noite de ontem, 31, a diretoria executiva da União Nacional dos Estudantes se reuniu na sede da entidade, em São Paulo, para debater encaminhamentos relativos ao importante momento que vive a educação e o país, com a iminência de aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a greve dos docentes das instituições federais ganhando cada vez mais visibilidade e adesão.
Nesse cenário, o principal ponto debatido foi a participação estudantil na greve com a defesa de uma reforma universitária democrática e das bandeiras de luta do movimento estudantil . “É um momento histórico. Momento de levar essa pauta a todos os estudantes do Brasil. Aprovamos uma resolução também histórica, que reflete os anseios de muitas gerações na luta por uma educação pública e de qualidade, e que deve ser debatida e discutida em todas as salas de aula do país”, afirmou o presidente da entidade, Daniel Iliescu.
Além disso, foram definidos cinco encaminhamentos: a)  a ampla participação no 60° Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da UNE; b) a constituição de um Comando Nacional de Luta Estudantil; c) a participação no ato dos professores e servidores do dia 5 de Junho, em Brasília, em defesa das greves e mobilizações das universidades federais; d) a manutenção do dia 11 de Junho como “Dia Nacional da Luta pela Educação de Qualidade”; e) as mobilizações no dia 12 e 13 de Junho pela aprovação de um PNE democrático que garanta 10% do PIB e 50% dos royalties do petroléo e do fundo social do Pré-sal para a educação.

Declarada no dia 17, a paralisação já chegou a 47 das 59 instituições federais de ensino superior do país. Além disso, há forte indicativo de que os servidores técnico-administrativos das instituições federais também iniciarão greve no próximo dia 11 de junho. A UNE entende que a causa levantada pelos docentes e funcionários técnico-administrativos é justa e fundamental para a construção de uma educação pública e de qualidade e por isso apoia a greve.
Dessa forma, além da principal bandeira nacional do movimento estudantil, a destinação de 10% do PIB e 50% do fundo social e dos Royalties do Pré-sal para educação, foram definidos outros três pontos prioritários de reivindicação dos estudantes. Em primeiro lugar, a triplicação das verbas que o governo, por meio do PNAES, destina à assistência estudantil. Atualmente são investidos anualmente R$ 500 milhões, a UNE entende que garantir a permanência dos estudantes nas universidades é fundamental e por isso propõe um reajuste que aumente a verba para R$ 1,5 bilhões.
Além disso, a entidade entende que é, também, urgente a contratação de mais professores e servidores técnico-administrativos para cada instituição, bem como a implantação de um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura que estão paradas nas universidades. Por fim, para obter uma gestão democrática, a pauta inclui a paridade nas eleições das reitorias e órgãos de decisão da universidade, garantida por lei.
 “A reunião possibilitou um espaço amplo e democrático de debate sobre as mobilizações nas federais, que no nosso ponto de vista são históricas e uma grande oportunidade para garantir fundamentais conquistas para os estudantes”, avaliou a diretora de Comunicação da UNE, Virgínia Barros.

O principal ponto de discussão foi a greve dos professores das universidades federais, mas outros três importantes pontos foram também colocados em pauta. O diretor da UNE e secretário-executivo da OCLAE, Matheus Fiorentini, apresentou a agenda da entidade durante a Rio+20.
Também pauta da reunião foi discutido o 60º CONEG da UNE, que acontecerá no mesmo período da conferência, entre os dias 15 a 17, no Rio de Janeiro, e cujo principal objetivo será a mobilização e o diálogo sobre a greve nas federais.
Por fim, a diretora de cultura da UNE, Maria das Neves, apresentou a proposta, posteriormente aprovada, do tema e local da 8ª Bienal da UNE, que acontecerá em janeiro de 2013 em Recife e Olinda e trará como tema a história e a cultura do povo sertanejo e a comemoração do 100º aniversário de Luiz Gonzaga, grande homenageado do festival.
Camila Hungria
Fotos: Micael Hocherman

sábado, 9 de junho de 2012

são paulo realiza a 16ª parada do orgulho lgbt


Considerado o maior encontro LGBT do mundo, mais de três milhões de pessoas são esperadas
Organizada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), a Parada do Orgulho LGBT chega em sua 16ª edição no próximo domingo (10/06) trazendo mais uma vez a questão política para a avenida e combate ao preconceito. 
Neste ano, o tema é Homofobia tem cura: educação e criminalização, que expõe a discriminação contra os LGBT como um vício social que afeta toda a sociedade. A frase ainda reivindica como medida eficaz para contenção do problema a aplicação do projeto Escola Sem Homofobia, que visa preparar os professores da rede pública para a compressão sobre as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero com intuito de promover a igualdade e combater a homofobia entre os alunos. Outra exigência feita pelo movimento é a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/06 – há seis anos em tramitação no Senado –, que pretende criminalizar a homofobia em âmbito nacional, assim como já está previsto para o racismo e outros crimes de ódio. 
Como de tradição todos os anos, as entidades estudantis marcam presença apoiando o coro na luta contra a homofobia no Brasil. Com um total geral de 16 trios, a manifestação segue até a Praça da República. O objetivo da participação das entidades estudantis é chamar a atenção de toda a sociedade para as ações homofóbicas que acontecem dentro das escolas e universidades. 

Durante a semana que antecede a 16ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros), que será realizada no próximo domingo, 10 de junho, o Programa de DST/Aids da cidade de São Paulo e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, realizarão atividades de prevenção e incentivo à testagem, divulgação dos serviços especializados disponíveis na rede municipal de saúde e distribuição de preservativos. 
Mais de 150 técnicos e agentes de prevenção do Projeto Cidadania Arco Íris – iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde que tem por objetivo a defesa da cidadania, diversidade e prevenção às DST/Aids – participarão da Parada e da 12ª Feira Cultural LGBT, marcada para quinta-feira, 7 de junho, no Vale do Anhangabaú. Também estarão instalados no Largo do Arouche, onde ocorrerá o 12o. Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade. 

7 de junho10h às 22h
12ª Feira Cultural LGBT
Vale do Anhangabaú 
8 de junho
18h
12º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade
Academia Paulista de Letras (Largo do Arouche, nº 312/324, Vila Buarque)
9 de junho
10h às 22h
12º Gay Day – Hopi Hari (Rodovia dos Bandeirantes, KM 72,5 Vinhedo)
10 de junho
12h
16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo – Avenida Paulista e Rua da Consolação (concentração em frente ao MASP)

1º Abertura (oficial APOGLBT)
2º Central Única dos Trabaçhadores (CUT)
3º Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (SINTRATEL)
4º Freedom Club
5º Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP)
6º Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP)
7º Diversidade (oficial APOGLBT)
8º Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual de São Paulo (CADS)
9º Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual de São Paulo (CADS)
10º Trio das Lésbicas (parceria APOGLBT com The L Club)
11º ONG Ação Brotar Pela Cidadania e Diversidade Sexual (ABCD’S)
12º Disponível.com
13º Salete Campari
14º Paz / Casamento (oficial APOGLBT) 
Da Redação da UNE

une e movimento educacional lutam pela aprovação imediata do pne com 10% do pib


Votação do Plano em caráter conclusivo ocorre nos próximos dias 12 e 13 de junho
O Brasil vive dias decisivos para os rumos da educação do país e para definição do tipo de desenvolvimento que será adotado para a próxima década. No bojo das discussões do novo Plano Nacional de  Educação (PNE), o debate traz a possibilidade de dialogar sobre o projeto de universidade que a juventude quer para o país, e o movimento educacional unificado reafirma que este é momento de ampliação de direitos, com a destinação de 10% do  PIB e 50% dos  royalties e do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.
Os últimos capítulos da tramitação do PNE, que  começou no  final de 2010, aconteceram nos dias 29 e 30 de maio, quando o relator do plano, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), iniciou a leitura do texto  para a comissão especial que analisa a matéria na câmara. A leitura foi concluída no dia seguinte (30), com a solicitação de Vanhoni para nova rodada de negociação com o governo.
Os próximos e decisivos capítulos da votação estão previstos  para o dia 12 e 13 de junho, data para a qual a votação foi  marcada. O projeto  tramita em caráter conclusivo, ou seja, caso aprovado pela comissão especial, seguirá  diretamente para votação no Senado.
Atualmente, são investidos apenas cerca  de 5% do PIB na área. O texto apresentado por Vanhoni prevê uma meta de 7,5%. O movimento estudantil e educacional, unidos, pressionam o congresso e levantam a bandeira de um investimento mínimo, previsto pelo PNE, de 10% do PIB para educação.
“O PNE traz uma grande expectativa para a sociedade brasileira, que anseia pela sua aprovação. O Congresso Nacional  tem, portanto,  o poder de aprovar um plano à altura dos desafios do nosso país,  que invista 10% do PIB e 50% dos royalties do pré-sal pra educação, o que seria uma grande  vitória que vai se refletir futuramente na qualidade universidades de todo país, inclusive nas federais que agora estão em greve” , avalia o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
O Coordenador-geral da Campanha Nacional  pelo Direito à Educação, Daniel Cara, mostra-se otimista em relação à aprovação da meta de 10% argumentando que uma grande vitória alcançada é a hegemonia de ideias em relação à necessidade dos 10% do PIB para educação alcançada na Comissão  Especial. “Hoje há unanimidade da necessidade dos 10%. Se fosse votado agora,  acredito que os 10% seriam aprovados”, afirmou. Ele aponta a pressão exercida por parte da política econômica do país como único fator que possa diminuir a meta do plano. “A área econômica do governo é poderosa e preponderante, e vai usar artifícios para garantir o patamar”, explicou.
 O diretor de políticas educacionais da UNE, Estevão Cruz, também avalia o momento como positivo para a aprovação dos 10%. “A pressão que estamos  fazendo o conjunto das entidades já tem resultado num cenário  que a oposição de direita e esquerda ao governo estão votando nos 10%. Estamos nos aproximando da  reta final da votação e essa margem de manobra do governo está  ficando mais curta”, disse. 

PLANO TRAZ AVANÇOS

O item mais polêmico do  plano é a meta 20, que define justamente o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do país a ser investido na educação. “Desconsiderando o debate em torno da meta de investimento, o  plano está redondo. Porém, um investimento inferior 10% impossibilitarialcançar todas as outras metas”, avaliou o diretor de relações  institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), André Vitral.
Para Cara, “O plano melhorou muito, no senado  terá que melhorar algumas outras metas, como a de avaliação, por  exemplo. O PNE   tem que apontar para apenas uma direção”, explicou.

“PNE JÁ!”

Além de pressionar o congresso para que a meta de  investimento aprovada seja 10%, a pressão também ocorre no sentido de  garantir que a aprovação aconteça imediatamente. Durante última reunião da diretoria executiva da UNE, foi referendada uma agenda de mobilizações que inclui atos nos dias 12 e 13, quanto estará sendo realizada a votação. “Nossa mobilização terá essa cara, essa marca: se não tiver 10%, não é o PNE que queremos”, disse Estevão.
Nessa linha, as entidades do movimento  estudantil (UNE, UBES e ANPG), unidas à SBPC e à entidades do movimento  educacional uniram forças para pressionar o congresso e  lançaram em maio a campanha “PNE Já! 10% do PIB em Educação e 50% dos Royalties e do Fundo Social  do Pré-Sal para Educação, Ciência e Tecnologia”.
“Hoje, o grande desafio da SBPC é cobrar do governo e mostrar a importância de investir em todas as etapas da educação. Se o cobertor é pequeno, vamos buscar dinheiro. Investimento é educação, ciência e tecnologia. O resto é gasto”, afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.
Na manhã do dia 9 de maio, a UNE e a UBES realizaram um grande ato na Câmara dos Deputados, quando cerca de 300 estudantes ocuparam o salão verde da casa pela aprovação do PNE com destinação de maiores investimentos para a educação.
Camila Hungria com apuração de Mariana Ortiz e Renata Bar
site da UNE

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Deixe-me dizer-lhe, correndo o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor - Comandante Che Guevara!

em assembleia estudantes deflagram greve na ufabc


Mais de mil estudantes participaram do ato que decidiu a paralisação estudantil
Na noite desta segunda-feira (4), mais de mil estudantes realizaram no piso vermelho da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André uma assembleia para debater a paralisação nacional dos professores.
Em apoio à greve dos servidores docentes e técnico-administrativos (Tas) da UFABC os estudantes deflagraram greve por tempo indeterminado. 
Presente no ato, o presidente da UEE-SP Alexandre Silva leu a nota oficial da UNE em defesa da educação e da universidade brasileira. “Nós temos uma posição de apoio à greve das universidades federais 2012 de professores e TAs, mas devemos colocar também nossa pauta de luta”, pontua.
Segundo o presidente do diretório acadêmico, Johnny Bispo, durante a assembleia foi nomeado um comando de greve para tratar da situação dos estudantes. “Vamos nos reunir para traçar uma plataforma de reivindicação estudantil. Vamos conversar com a reitoria e pedir a suspensão do quadrimestre”, explica. 
Para auxiliar os estudantes que ainda possuem dúvidas sobre a greve e os procedimentos que serão adotados pela universidade durante a paralisação, o DCE criou um FAQ. Por meio deles os dirigentes estudantis sanarão as questões.
 
Uma passeata foi convocada para esta quarta-feira (6) às 12h30.”Convidamos os professores e os técnicos administrativos a marcharem junto com a gente. Nosso objetivo é chamar a atenção da sociedade e da mídia para os problemas que existem dentro das instituições federais”, aponta a presidente do DCE da UFABC, Josiane Manteiga de Oliveira.

Em uma assembleia realizada no dia 31 de maio, cerca de 90% dos professores da rede federal decidiram participar da greve. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o aumento reivindicado é de 22,08%, reajuste referente à inflação e variação do PIB desde 2010.
A resolução de uma plenária realizada hoje pelos técnicos-administrativos foi a paralisação a partir da próxima segunda-feira (11) por tempo indeterminado. A implementação do novo plano de carreira reivindicado também pelos professores e técnico-administrativos além de afirmar seus direitos, assegura a qualidade do ensino superior público em todo o país.


 
Com a entrada dos docentes da UFABC na paralisação nacional que acontece desde o dia 17 de maio, o número de instituições em greve cresce para 53.

Nota da UNE em defesa da Educação Brasileira


Nota da UNE em defesa da Educação Brasileira
Todo apoio à luta dos professores e técnico-administrativos das IFES!
Por um PNE com 10% do PIB e 50% dos royalties e do Pré-Sal pra Educação!
A União Nacional dos Estudantes, em reunião de sua diretoria executiva, dirige-se a toda a sociedade para expressar o seu total apoio e solidariedade à greve dos professores e ao indicativo de greve dos técnico-administrativos das universidades federais brasileiras e reafirmar a defesa de uma reforma universitária democrática que transforme substancialmente o ensino superior de nosso país. Neste momento de acirramento das lutas na universidade, na qual os estudantes têm empreendido um constante processo de mobilizações, enxergamos no movimento conjunto da comunidade acadêmica a possibilidade de vitórias para os estudantes, para toda a universidade e para todo o Brasil.
Vivemos dias decisivos para a educação em nosso país. As discussões sobre o Plano Nacional de Educação trazem a possibilidade de dialogar sobre o projeto de universidade que queremos para o Brasil. Esse momento de efervescência nas universidades federais tem a marca das mudanças vividas nos últimos anos, que possibilitaram o início de um processo de ampliação no acesso ao ensino superior público, fazendo com que nele comecem a ingressar os filhos da classe trabalhadora, a quem historicamente foi negado o direito de obter um diploma de ensino superior. Esta nova realidade traz novos desafios para a universidade brasileira, que precisa se ampliar cada vez mais, com eficiência e garantia de qualidade, para que possa se conectar com os desafios de nossa nação.
Consideramos, assim, imprescindível a implementação do novo plano de carreira reivindicado pelos professores e pelos técnico-administrativos, como forma de afirmar seus direitos e, ao mesmo tempo, assegurar a qualidade do ensino superior público em todo o país. É legítima a reivindicação de que o governo cumpra o acordo firmado com a categoria no ano de 2011. As dificuldades vividas pelos professores, técnico-administrativos e estudantes da rede federal trazem prejuízos não somente ao conjunto da comunidade acadêmica, mas, num olhar mais amplo, a todo o povo brasileiro, que não desfruta de uma universidade pública que forme profissionais em condições de excelência e produza conhecimento voltado para a solução dos grandes problemas nacionais, como combate à miséria, erradicação do analfabetismo, melhores condições de trabalho e tantos outros.
Infelizmente, os cortes de quase 5 bilhões no orçamento da educação nos últimos dois anos jogam contra o projeto de universidade que a UNE defende. As conseqüências desta nefasta política econômica, que no ano passado destinou 49% do orçamento da União para o pagamento de juros e menos de 5% do seu Produto Interno Bruto para a educação foram responsáveis por estrangular problemas históricos da educação brasileira. O resultado desta política, imposta ao país pelos banqueiros, traz limitações ao processo de expansão da universidade, gerando obras paralisadas, filas gigantes nos restaurantes universitários, congelamento na contratação de professores e investimento incipiente em pesquisa e extensão. Estes problemas decorrem da histórica lógica de “universidade para poucos”, que perdurou no nosso país por mais de um século e impediu que a instituição se preparasse para receber os jovens das classes populares. Para superar essas dificuldades, é fundamental ampliar substancialmente o financiamento da educação e, além disto, discutir a que projeto de país deve servir a universidade: de um lado um modelo elitista, que preserva as contradições históricas de nossa sociedade; de outro, uma universidade popular, pintada de todas as cores e com os olhos voltados para o desenvolvimento da nação.
Neste momento, a UNE reforça a defesa de uma Reforma Universitária democrática que possibilite posicionar a universidade como um centro produtor e difusor de conhecimento para toda a sociedade. Defendemos a ampliação imediata dos investimentos em assistência estudantil para 1,5 bilhão de reais, contratação de sete mil novos professores e servidores técnico-administrativos, um plano emergencial para conclusão das obras de infra-estrutura nas universidades e gestão democrática com paridade nas eleições para reitoria e órgãos de decisão. No bojo das discussões do novo Plano Nacional de Educação, reafirmamos que este é momento de ampliação de direitos, com a destinação de 10% do PIB e 50% dos royalties e do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.
Compreendemos, assim, que o momento é de mobilização e unidade entre as categorias. É com este espírito que os estudantes vêm promovendo greves e assembléias estudantis em dezenas de instituições federais de ensino superior com bandeiras que se solidarizam com a causa dos professores e técnico-administrativos e contribuam para a permanência qualificada do estudante na vida acadêmica.
Assim, conclamamos os estudantes de todo o país a se mobilizarem por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, com assembléias, passeatas, aulas públicas, abaixo-assinados e atos que contribuam para o fortalecimento do debate sobre o projeto de ensino superior que sonhamos. Convocamos todos e todas ao 60o Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE, que acontecerá no Rio de Janeiro de 15 a 17 de Junho, e será um grande espaço de diálogos e mobilizações em defesa das universidades federais brasileiras. Apoiar este movimento é somar forças para a real mudança do ensino superior, garantindo mais mentes e projetos a serviço do desenvolvimento econômico, social e humano do país. Esta causa é de todos, estudantes e trabalhadores de todo o Brasil.
Por isso, referendemos a seguinte agenda de mobilizações: 1. Todos ao 60o Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE! 2. Constituição de um Comando Nacional de Luta Estudantil; 3. Integrar-se a todas as atividades do comando de greve dos docentes e das discussões do indicativo de greve dos servidores técnico-administrativos; 4. Participar do ato dos docentes e servidores dia 5 de Junho, em Brasília, em defesa das greves e mobilizações das universidades federais; 5. Fazer do dia 11 de Junho o Dia Nacional da Luta pela Educação de Qualidade e seguir nas mobilizações no dia 12 e 13 de Junho pela aprovação de um Plano Nacional de Educação democrático que garanta 10% do PIB e 50% dos royalties e Fundo Social do Pré-Sal para educação.
São Paulo, 31 de Maio de 2012
Diretoria Executiva da União Nacional dos Estudantes.

DCE FTC presente na reunião executiva da UNE



REUNIÃO DA EXECUTIVA DISCUTE ENCONTRO

Na sexta-feira, dia 1/5, uma reunião da diretoria executiva da UNE definiu alguns encaminhamentos para a agenda da entidade no próximo período, entre eles, dada a sua importância,  a ampla participação no 60° Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da UNE.
Além disso, também foram aprovados os seguintes encaminhamentos: a constituição de um Comando Nacional de Luta Estudantil; a manutenção do dia 11 de Junho como “Dia Nacional da Luta pela Educação de Qualidade”; as mobilizações no dia 12 e 13 de Junho pela aprovação de um PNE  democrático que garanta 10% do PIB e 50% dos royalties do petróleo e do fundo social do Pré-sal para a educação.


CONEG da UNE de 15 a 17 de Junho


Conselho Nacional de Entidades gerais ocorrerá paralelo à Rio+20
Durante os dias 15 a 17 de junho, o Rio de Janeiro vai receber um dos principais fóruns de deliberação do movimento estudantil, o 60º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg). Estudantes de todos os estados já estão se mobilizando para participar do encontro, e as inscrições já podem ser feitas aqui
A expectativa é de que o encontro reúna no Centro de Tecnologia da UFRJ/Fundão mais de mil estudantes, ente eles as principais lideranças de Diretórios Centrais de Estudantes, UEEs, Executivas de Curso e observadores. Durante o fórum,  os estudantes vão elaborar uma plataforma  política de atuação para a entidade para o próximo período.  
Serão discutidos temas como educação  saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia e mobilidade urbana. Essa plataforma, fruto também da Caravana que a entidade realizou nos meses de março a maio, será montada no formato de um documento, o “Projeto UNE Brasil+10”, que será apresentado à sociedade.
“Esse projeto é uma tentativa de sistematizar os debates que aconteceram durante toda a Caravana Brasil+10, caravanas livres, e todas as outras atividades do movimento estudantil”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

60º CONEG E RIO+20

O CONEG acontecerá paralelo a uma das conferências mais esperadas do ano, a Rio+20, evento que, entre os dias 13 a 22 de junho, reunirá representantes de 193 estados para debater desenvolvimento sustentável e aprovar uma agenda com ações globais. “A conferência deve mobilizar bastante a sociedade brasileira. Nas universidades, o debate será ainda mais intenso. O “Projeto UNE  Brasil+10″, também abordará temas debatidos na Rio+20, porém o objetivo do encontro é formular um documento mais amplo”, explicou Daniel.
No último dia 30 de maio, o diretor da UNE, Patrique Lima, concedeu à Rádio Cultura do Município de Guarapuava, no Paraná, uma  entrevista abordando o tema. “Estamos em Guarapuava para ajudar a organizar o movimento estudantil aqui. Queremos unir o debate do meio ambiente com educação, por que é impossível dissociar o debate do desenvolvimento da educação”, disse.
São esperados para o 60º CONEG cerca de 800 estudantes vindos de todos os estados do Brasil.

Paridade na UNB


Votos passam a ter o mesmo peso para alunos, funcionários e professores
Na última sexta-feira (01/06), o Conselho Universitário da Universidade de Brasília (UNB) tomou uma importante decisão que reflete anos de luta pela democracia na instituição: por 58 votos a 23, com duas abstenções, aprovou a paridade nas eleições para reitor.
Atualmente, 70% dos votos das eleições da direção da universidade são dos professores, 15% dos estudantes e 15% dos servidores técnico-administrativos. Com o novo modelo, os votos passam a ter o mesmo peso independente da categoria.
A decisão foi comemorada efusivamente por estudantes, servidores e professores que apóiam a paridade. Para o 3º vice-presidente da UNE e estudante da UNB, Jonatas Moreth, essa conquista é histórica para a instituição. “Há 50 anos houve uma greve na UNB que exigia a paridade. Conquistar esse direito hoje mostra que a universidade continua avançando sempre na luta por mais democracia’’, contou.
Durante a passagem da caravana da UNE por Brasília, no mês de março, um ato organizado pelo DCE, UNE, e outras entidades estudantis, reuniu 200 estudantes e membros da comunidade acadêmica para reivindicar a paridade nas eleições da UNB. Esta foi uma das muitas manifestações que ocorreram até a conquista das eleições paritárias, mostrando que a luta é realmente antiga.
Para Jonatas, a conquista da paridade se mostra fundamental para possibilitar a ampla participação dos estudantes nos projetos eleitorais da universidade. “Com eleições paritárias, garantimos que o projeto da reitoria tenha uma amplitude maior, com propostas mais democráticas e abrangentes’’, finalizou.
Renata Bars